sábado, 7 de agosto de 2010

Mas e a noite, caralho?

Então, não lembro de tudo, mas como eles já chegaram bêbados e bebem vodequeta, fui obrigada a me esforçar para alcança-los. Acho que a sopinha zero ponto do Vigilantes do Peso que eu tinha tomado à guisa de 'janta' não foi forração suficiente pro meu combalido estômago.

Sei que passamos a noite nos esgueirando do segurança que mandava apagar o cigarro. Que caralho essa merda de lei antifumo. Que graça tem dançar na Matriz sem um cigarro na mão, porra? Daí íamos ao fumódromo e pegávamos mais bebidas. Alternávamos entre as pistas 1 (Janot) e 2 (Zé Otávio) e às vezes nos dividíamos. Guilherme tava numa onda mais pista 2 e eu e Carol nos acabávamos na 1. Verdade seja dita, Carol é uma excelente companheira pra dançar. Dançamos tudo, animadíssimas, possuidíssimas.

Bom, sei que houve muitos momentos de considerol quando nos abraçavamos os três reiterando o quanto nos amávamos e o quanto aquele momento era feliz. Sei que fizemos planos de muitas outras noitadas e festas. Sei que tomei muitas cervejas e beberiquei a vódega com energético da Carol. Sei que mandava embora sem nem olhar se era bonito qualquer palhaço que viesse puxar assunto. Lembro vagamente que até havia uns interessantes, mas não queria perder nenhum momento da companhia dos meus amigos. Guilherme até perguntou "não vai arrastar ninguém, Moreninha?", mas avisei "não, quero ficar com vocês". Ele conheceu meus bons tempos de pegadora, daí estranha.

Em algum momento da noite, já muito loucos, nos desencontramos. Dei um role e nada nem dele, nem da Carol. "Vazaram, safados". Entrei na fila pra pagar e ir embora também. Quando chegou minha vez, cadê a cartela. Puta que pariu, perdi a cartela! Daí lembrei que Guilherme tinha pego minha cartela. Não lembro bem como foi nem porque. Ai, caralho. Rodei tudo e nada. Liguei pra ele, nada. Mandei torpedo, nada. Perguntei aos DJs, barmen e seguranças. Nada. Alguém me disse que ele tinha ido embora. Puta que pariu, ele levou minha cartela, como faço? Mandaram eu procurar sei lá quem. Cadê sei lá quem? Tá lá fora.

- Oi, com licença. O senhor sabe se o Guilherme Valente foi embora? Ele está com a minha cartela. Como faço para pagar?
- A senhora é a Roberta Carvalho?
- Sim.
- Sua conta está paga, pode ir.
- Oi?
- Sua conta está paga, a cartela já foi paga, tá tudo certo.
- Ah, tá. Obrigada.

Na hora não entendi muito bem, mas não ia discutir. Pedi um carro de praça. Tô lá esperando e quando para o táxi vejo que tá ocupado. Pensei "caralho, 5h da manhã e ainda tá chegando gente". Desce Carol do táxi.

- Cadê meu marido?
- Não sei, ele sumiu, fiquei procurando e não achei. Ele tá com a minha cartela.
- Vamos procurar meu marido.
- Acho que ele já foi, vocês se desencontraram?
- Vamos ligar pra ele.
- Já liguei e mandei mensagem, não adianta.
- Vamos entrar pra procurar meu marido, vem comigo.
- Ele não tá aí, já procurei tudo. Disseram que ele foi embora. Melhor você ir pra casa.

Bom, ela entrou pra procurar. Eu não tinha condição, entrei no táxi. Não lembro de mais nada. O registro seguinte é o telefone tocando ao meio-dia.

3 comentários:

Carla disse...

Mas e o marido, ela encontroua, afinal? Rsrsrrs..m

Renata Saintive disse...

Eh verdade, e o marido?

Aline disse...

Onde estava o marido?