quinta-feira, 3 de junho de 2010

Relatório de pista

Ontem tava meia boca de festas: uma na qual eu não sou bem-vinda, uma festa à fantasia com DJs de Funk no Olimpo e uma outra que eu nunca tinha ido, mas parecia auspiciosa e era na minha esquina. Não preciso dizer qual escolhi, né? Tô com mó saudade de baile funk, mas tava meio cansada, com preguiça do deslocamento pro Olimpo, ainda mais que podia chover.

A gangue tava fora de combate e Dona Mila arregou do traslado até a Lapa. Mas uma blogstar nunca fica sem companhia! As bravas Dani C., Dani B e Dê tava na pista pra negócio e reunimos uma nova gangue de mulheres loucas. Como sempre, marcamos na Casa da Cachaça. Todas lindas e felizes, parecia uma noite auspiciosa. Humpf.

Depois de um esquenta rápido e alguns brindes, resolvemos entrar. Começou mal: meia hora de fila, acabamos entrando 1h30 da manhã. Mal entramos na casa, começou um showzinho que, digamos assim, não fazia verão. Confesso que fui visando um prospect, mas como cheguei tarde o bruto já tava atracado com uma lôra. Azar o dele. O show demoroooou e resolvi descer com Dani C. pra pegar um ar. Encontramos outra amiga que botou pilha pra ir pra festa onde eu não era bem-vinda. Elas foram, fiquei. Bom, tava fazendo nada mermo, enchi os cornos e até dancei um pouco. Lá pras 3h30 ardeu e resolvemos ir embora. Outra meia hora de fila pra pagar. Sim, é verdade, eu não estava no melhor humor quando saí de lá por volta de 4h da manhã.

Como a vida é bela sempre e não sou mulher de ir pra casa contrariada, fomos tomar a saideira na Casa da Cachaça. Dê não bebe cerveja, só vódega pura, mas como já tava caminhando em direção à luz, pediu uma coca. Dani B. pediu uma skol e dois copos. Completei com um gengibre, afinal, merda pouca é bobagem. Como era uma noite de quebra de paradigmas, ainda pedimos uma batata frita. Sim, amigos, eu comi na Casa da Cachaça e vivi para contar. Tava ruim não.

Tamos lá, semi-bebadas, semi-loucas, chega um cara e pergunta algo que não ouvimos, mas achei que ele queria sentar. Ele perguntou se podia ficar na nossa mesa. As meninas iam mandar ele embora, mas ficaram meio sem reação. Ele se chamava Cleiberson (será com K? Não perguntei), não tinha um dente e fedia um pouco, mas e daí, né? É legal fazer amizade. Ele queria pagar uma cerveja pra gente. Avisei "senta aí e toma uma cerveja, mas não precisa pagar nada não. Aqui tá sobrando cerveja".

- Hmmm.... mulheres independentes?
- Não, mulheres bêbadas - expliquei.
- Mas também somos independentes! - completou a orgulhosa Dani B.

Eu e Dani nos atracamos com a batata frita enquanto Dê, na falta da vódega amiga, emplacou uma sociabilidade bizarra com o estranho Cleiberson. Jesus me defenda de saber o que conversavam tão animadamente.

Não lembro muito bem, mas acho que eu e Dani nos divertimos pistolando uma biba calva na mesa em frente. Em algum momento cansei e resolvi que era hora de ir embora. Na verdade, eu tava com medo de vomitar e resolvi fazer isso com privacidade, no meu banheiro.

- Tu vai sozinha andando? Espera, vou pegar táxi mesmo, ele dá a volta no quarteirão e te deixa!
- Tenho cara de pobre, ninguém vai me assaltar. Faço isso quase todo dia...

E, dito isso, fui embora trocando as pernas. Não fui longe, nem dobrei a Gomes Freire, fui interceptada por vários amigos bebados que vindos da festa onde eu não era bem-vinda. "Por que vc não foi?". Fui obrigada a explicar que não vou a lugares onde não sou bem-vinda. Mas daí, abraça um, fala com outro, acabei ficando por ali mesmo. Avisei, que tinha que ir porque tava quase vomitando, mas já pensando em tomar uma saideira. Um amigo até brincou que aquela esquina é o uma espécie de Triângulo das Bermudas, a gente sempre é abduzido ali. É, já sumi ali muitas vezes pra reaparecer em lugares surpreendentes.

Quando finalmente fui embora tropeçando nas próprias pernas já eram quase 5h da manhã. Não lembro muito bem, mas sei que tirei toda a maquilage. Esse demaquilante Lâncome que comprei por influência de Fernanda K realmente mudou minha vida. É o melhor que já usei, melhor do que o da Clinique, que até então era meu favorito. Nunca mais acordei parecendo um urso panda pelo delineador e rímel escorridos. Já são idos os tempos que eu chegava, largava a roupa no chão e dormia pelada e sentada na cama. Pensando bem, ando tão sóbria...

3 comentários:

Dani disse...

Gata,
Q sexta-feira foi esta??!!!
Literalmente, bebemos e nos divertimos!!!
E fechamos com chave de ouro no porre básico de comemoração do sábado (Só o Vicente q não deve estar muito feliz com esta Sra. q vos tc - abafa!!!).
Domingo não existiu em minha vida.
Bjs,
Dani

Unknown disse...

impossível deixar de se contorcer lendo seu blog, ou melhor os blogs..........virou minha melhor tarefa do dia na net. Rs OBS: HTP na livraria da Travessa esgotadaço....aqueles mulekes nem sabiam do q se tratava. Palhaçossssssssssss kkkkkkk

Natalia Holanda disse...

Me surpreende vc lembrar de tudo isso e com essa riqueza de detalhes dps dessa bebedeira toda... eu, infelizmente, sofro com amnésia alcoolica, que me priva do privilégio de lembrar dessas coisas hilárias depois..rs
Sou fã do HTP e to conhecendo seu blog agora!
Bjao e sucesso!