segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A vida é bela, vista da janela

Quando canso de escrever e resolvo dar um intervalinho pego um copo de coca zero muito gelada e fico olhando pela janela. Em frente ao meu computador há um janelão de 3m de largura por 2m de altura: instalei minha mesa de trabalho bem embaixo dele. Escrevo observando a cópula dos pombos no telhado de um palacete sombrio sob o céu parcialmente nublado.

Mais cedo havia outra diversão, uma manifestação de puliças, mas não foi tão animada quanto aquela em SP que vi no programa do Datena. Só uma meia dúzia de gatos pingados observando um cálega reclamar do salário e do governo em um mega-fone. Prosaico.

De vez em quando rola um barraco no cortiço ao lado, mas isso costuma ser à noite. Há uma moradora que esculhamba o pai de seu filho toda vez que ele aparece pra ver o rebento. Daí uns puliças saem da delegacia pra mandar acabar com a gritaria. "Você já passou dos limites e não é a primeira vez. Não vou avisar de novo: acabou". Ela sempre cala nessa hora, mas dá uma agitada na vizinhança, sabe?

É uma boa vizinhança no geral.

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