segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Sabedoria de Camila

Em um intervalinho no frila, telefonei pra minha amiga Camila.

- Vooê vai escrever no seu blog hoje?
- Não.
- Ah, escreve, tenho que ter o que ler amanhã!

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Outra de Camila. É ela a amiga que divide a terapia comigo. Quando chega da sessão, ela me liga, pra conversar. Às vezes, discute comigo um tema antes de levar pra terapeuta, pra já ir amadurecendo a discussão. Ela me contou que essa semana comentou algo de mim com a analista. "Roberta é a minha assistente, né?".

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Enquanto mulher analisada, Camila tá ficando quase insuportável de bem resolvida, melhor resolvida do que eu, que sempre tive fama de muito bem resolvida e tô cada dia mais maluca. Sábado, entre uma vodka e um uísque, enquanto apreciávamos os homens bonitos que não íamos pegar, discutíamos relacionamentos. Não necessariamente os nossos, mas de maneira "genérica".

Depois de me apresentar para certo solteiro cobiçado, pra quem ela tentou me rifar, começamos a falar de homens emocionalmente imaturos (todos). Depois que eu disse que não ia investir ela confessou "ele parece um homão, mas não passa de um bebê chorão", ela me disse uma frase que me embasbacou, fiquei sem palavras e é minha próxima meta de vida. "A gente não tem que ensinar a eles como se relacionar com uma mulher, não tem que ensinar nada porque não somos mães deles. Temos apenas que avisar o que nós queremos e esperamos deles". Uau, um dia vou conseguir ser assim, mas o que a gente faz com aquele instinto de cuidar desses homões bebês chorões?

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