domingo, 4 de março de 2007

O mundo é realmente muito estranho

Outro dia tava num aniversário em um bar. Mesa grande que foi esvaziando, como sempre fiquei entre os últimos que nunca vão embora. Claro, não demorou pra conversa descambar para a sacanagem. Mas, surpresa das surpresas, havia na mesa uma moça com histórias mais bizarras do que as minhas.

Entrei no papo meio pela metade, não entendi muito bem a história de uma cálega de repartição dela que tava pagando um boquete na porta do trabalho. Sei que teve polícia e o casal acabou no motel, mas não peguei os detalhes sórdidos.

Agora, ouvi do começo e nunca mais vou esquecer uma outra história, de uma amiga ou conhecida dela de priscas eras. Parece que a moça tinha um namorado evangélico, mas como não comungavam da mesma fé. Sempre que o rapaz ia para igreja ela aproveitava a oportunidade para, digamos assim, pegar geral. Dizem que deus não dá asa à cobra, mas eis que a moça tinha uma predileção por fardas e morava perto da Vila Militar, veja só!

Deu-se que, domingo desses, o namorado foi ao templo orar com a mãe. Ela pegou um soldadinho portentoso e foi dar uns amassos dentro de um Chevette (?!) numa rua deserta da vizinhança. A moça contou maravilhas-de-leite-moça do soldadinho. Disse que o bruto já começou rasgando a calça dela da gang, daquelas embaladas à vácuo. Vamos respeitar. O bruto que tentou rasgar meu sutiã não logrou êxito, o soldadinho rasgou uma calça jeans! O que é a energia da juventude, hein?

Fato é que moça se deu bem e esmerilhou. Narrou peripécias sensacionais no banco do Chevette. Viravam pra um lado, viravam para o outro, de frente, por trás, de cabeça pra baixo. Uhu, e viva as forças armadas!

No final, já exauridos, o rapaz perguntou se ela tinha gostado mesmo. "Siiiiim!". Então o bruto, singelamente, perguntou se já que tinham se dado tão bem ela faria uma coisa pra ele. A garotona já achando, uau, ele ainda quer mais!

Sem mais aquela, o malandro saca um desodorante roll on (é assim que se escreve?)da mochila do exército e pede que ela lhe enfie o artefato no cu. É amigos, um frasco de desodorante roll on. Se ainda fosse um aerosol que é mais parrudinho, né?

Bom, quem tá na chuva é para se molhar e a bruta não titubeou: meteu-lhe o desodorante no rabo e deixou o moço felicíssimo. Como bizarice pouca é bobagem e a calça da gang tava inutilizada, ela vestiu o short de educação física dele pra entrar em casa. Ao vê-la passar na sala a mãe perguntou "Minha filha, você não tinha saído de calça?". Quem acabou de comer o cu de soldadinho com um Rexona Cotton não perde o rebolado assim, né? "Que calça, mãe, tá doida? Com um calor desses?".

Sou fã dessa moça aí. A única que se compara a ela é a minha amiga que fez o lixeiro dentro da cabine do caminhão (de lixo, é claro), estacionado no lixão. Minhas ídalas.

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