quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Minha irmã

Agora minha ela anda com mania de querer me arrumar namorado. Como ela é uma pessoa que namora, não se conforma de eu estar solteira. Não pode ver um homem bonito passar que me belisca, quer que eu vá atrás, quer "me apresentar".

Minha mãe tava fazendo um tratamento odontológico e o dentista era um pitéu. Outro dia minha irmã veio me dar um corretivo. O dotô todo bom tinha avisado que ia dar alta pra mamãe na semana seguinte. "Como é, você não vai pegar o dentista não?".

– Acho que não, né?
– Pô, Roberta, não pode deixar escapar um daqueles.
– Que você quer que eu faça? Eu, hein.
– Você vai com a mamãe na próxima consulta e aí diz "doutor, queria perguntar uma coisa, você é casado?".
– Eu não vou perguntar se ele é casado porque não é da minha conta!
– Vai sim. Aí ele vai fazer cara de surpresa e perguntar "por que você quer saber?". Aí você dá um risinho e responde "pra saber o tamanho do passo que eu posso dar".

Claro que ela fantasiou o diálogo às gargalhadas. Claro que eu não fui com minha mãe na consulta seguinte. Era bem capaz dela ligar pro consultório e dizer pro coitado do dentista que eu queria saber se ele era casado, mas o porque da pergunta só eu mesma diria. Ou então que ele era o cunhadinho que ela pediu a Deus.

Como eu disse, minha irmã é doida de pedra, além de ter uma cara de peroba incrível.

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