quinta-feira, 18 de maio de 2006

Pelo menos não apanhei
Ontem quando cheguei no trabalho encontrei com uma cálega do turno da manhã na escada.
– Você é Vasco? – estranhei a pergunta assim, no lugar de um "oi".
– Fluminense – respondi.
– Se o seu time ganhar hoje à noite amanhã eu quebro a sua cara – disse e desceu as escadas. Então tá, né?

Cheguei em casa e ainda tava rolando o jogo, meu tio tinha até ido assistir com a minha mãe. Não sou disso mas até parei pra ver também, afinal a manutenção do meu lindo rostinho dependia do resultado.

O mundo é mesmo muito estranho e não entendo muito bem essas paixões. Não me imagino ameaçando a integridade física de uma colega de trabalho (ou de qualquer um) por causa do resultado de um jogo. Tenho um time, sou fluminense desde sempre e a fotita de fralda e camisa do time na capa do meu álbum de bebê não me deixa mentir. Torço, eventualmente vou ao Maracanã, fico feliz quando ele ganha e razoavelmente chateada quando perde.

Só que torço por esse time por me identificar com ele, por ter sido programada por meu pai pra assim fazer, sei lá porque, mas definitivamente não por achar que ele seja melhor do que outros. É melhor para mim, oras. Cada um torce para o time que quiser, são todos iguais. Um dia seu time ganha, noutro perde. Tem épocas que ele vai ganhar mais, noutras perder mais. Vai haver boas e más fases para todos os times.

O mundo é mesmo muito estranho.

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