terça-feira, 11 de abril de 2006

O estranho mundo do Orkut
Semana passada fui achada por um amigo de infância no Orkut. Estudamos juntos na 5ª série e moramos na mesma rua. O bruto mora há 18 anos em outro estado e já tínhamos perdido o contato mesmo antes. Foi engraçado e divertido. Ele disse que futucou meu perfil e agora está freak com meu blog, tá lendo os arquivos. Realmente, tem todo tipo de maluco no mundo.

Apesar de ter me trazido algumas malas perdidas de volta, o Orkut já me deu várias surpresas agradáveis dessas. Lá reencontrei Renata Mol e Bruno, amigos queridíssimos dos tempos da Engenharia Química, estreitei os laços com minha melhor amiga de infância, Valquiria, de quem havia me distanciado, reecontrei outros amigos de colégio, como a Maria Stella, essas coisas. Tá, também esbarrei no perfil de algumas assombrações, mas fugi correndo antes de virar estátua de sal.

Bom, mas porque tô falando disso. Porque esse episódio me deu curiosidade sobre meu perfil no Orkut e fui olhar. Que idéia ele passa para alguém que não me conhece ou não me vê há muito tempo?

Desde que fiz só atualizei uma vez. Primeiro ele tinha a mesma descrição minha daqui do blog: jornalista, carioca, solteira, bláblá (que diga-se de passagem, escrevi em 2001, qndo criei o blog). Troquei por "Mulherzinha intragável", nem lembro quem foi que disse isso de mim, acho que foi Feroli, mas define bem minha personalidade. Até aí tudo bem.

"Interessada em parceiros de atividade e contatos profissionais", balela. Ninguém vai me oferecer trabalho pelo Orkut, mas também não estou interessada em biscatinhos ou novos amigos, já tenho mais amigos do que dou conta. Tenho uns cento e poucos adicionados, pois não aceito ninguém que eu não conheça pessoalmente (tem uns 4 que adicionei logo no começo). Na verdade não estou interessada em nada.

Scrapbook, irrelevante e perecível. As comunidades, como diz O Orientador que já largou Orkut de mão há muito tempo, são só para mostrar nosso estilo de vida.

Aí cheguei nos benditos "Depoimentos". Tem o André me chamando de resmungona e dizendo que tenho péssimo temperamento. Ah, tá, ele pode mesmo falar, né? Achei também três depoimentos apócrifos do Gibi me chamando de pé de cana. Humpf, o sujo falando da mal lavada, rabiscado safado. No dia que nos conhecemos fui acompanhar ele na cachaça e voltei pra casa vomitando no táxi. Tudo normal, são dois amigos queridíssimos e boquirrotos, podem falar o que quiser porque ninguém acredita neles mesmo.

Aí, eis que tenho Narinha e Flávia me chamando de maluca!! As duas são amigas queridíssimas e me conhecem há um tempão e ficam dando falso testemunho por aí! Tá certo que eu sei que é pilha, que elas falaram isso justamente por saber que eu não sou maluca e que não gosto que me chamem de maluca. Mas e quem não me conhece? Pode passar uma impressão errada a meu respeito, e todos mundo sabe que eu me importo deveras com isso.

Eu não sou maluca, aliás, quem tinha razão era Daniel Oiticica, que sempre gritava "As pessoas pensam que você é maluca, mas você não é maluca, você é caretinha e timidinha. Caretinha e timidinha!". Tá certo que ele também me chamava de "mamãe malvada", dizia para a caixa da padaria que eu era piranha e me acordava pra perguntar se eu acreditava na família brasileira, mas às vezes até que ele tinha razão, sou caretinha e timidinha!

Por um instante senti saudade de menino Daniel, nós nos divertíamos juntos. Uma pena que as coisas não nunca vão voltar a ser como antes.

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