quinta-feira, 22 de maio de 2003

Minha amiga Feijãozinho Maligno
Outro dia falei ao tel com uma velha amiga. Fomos estagiárias juntas no finado jornal A Notícia. Tava passando de ônibus e a vi parada na calçada, com certeza vindo de alguma matéria, pq tava com um fotográfo do lado. Qndo cheguei na redação liguei pra ela.

Ela diz q qndo entrei no jornal me achou estranha e talvez besta. Depois viu q eu era doida. Não sou nada disso, oras! Ela q não tem discernimento e senso crítico adequados (essa frase era um dos nossos clássicos). Mas nos tornamos muito amigas, apesar de até hj ela achar as coisas q eu falo tão bizarras q chegam a ser engraçadas. Querida, o mundo é estranho!

Na época q éramos estagiárias ela era baixinha e gordinha. Era. Depois ela desensafadou: fez um puta regime e plástica nos seios. Virou outra pessoa. Mas uma vez ela chegou no jornal de macacão jeans. Cara, eu já detesto essa indumentária normalmente, mas nela tava sem classificação de tão ridículo. Não perdoei.
– Q roupa é essa? Tem vergonha na cara não?
– Vc não gosta do meu macacão?
– Claro q não!
– Ah, eu acho tão bonitinho...
– Eu acho horrível. Em vc então....tá parecendo aqueles bonecos q a gente tinha qndo era criança: o Feijãozinho. Lembra dele? O meu usava um macacãozinho jeans desses e um bonezinho. Só falta o bonezinho. Tá igual a um Feijãozinho, só q vc não é bonequinho, vc é um Feijãozinho Maligno.

Vindo de mim ela morreu de rir (afinal ela sabe q sou dura mas gosto dela), mas não usou mais o maldito macacãozinho. Daí passei a chamá-la de Feijãozinho Maligno.

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