segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002

Taxi driver descontrol
Acho q algum fenômeno bizarro acometeu os taxistas na sexta passada.
Qndo entrei no táxi indo pra Matriz já estranhei o motorista estar de camiseta - não acho adequado trabalhar de ombros desnudos.
– Boa noite, o senhor pode me levar na Rua Henrique Novaes, em Botafogo, por favor?
– Claro. A senhora me desculpe perguntar, mas q perfume é esse q a senhora está usando? É muito bom.
– Narcise.
– Ah! Claro! É o Narcise. Gosto muito dele. Só gosto de perfume forte.
O bruto foi discorrendo sobre perfumes de Laranjeiras à Botafogo. Eu ia respondendo só 'É' e 'Sei'. Mas o pior ainda estava por vir.
– Tb gosto muito de passar óleo no corpo depois do banho. Dou uma enxagüada pra tirar o excesso e me seco. A pele fica macia, uma beleza. Olha só!
– Eu acredito no senhor.
– Não, mas pode passar a mão aqui no meu ombro pra ver! Fica uma beleza mesmo. Macia demais.
– Tudo bem, eu acredito. Olha ali, a próxima à direita é a São João Batista, dobra nela.
Pra minha sorte chegamos e consegui escapar sem sentir a beleza de pele macia do taxista.

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